Tuesday 26 October 2010

Decifrou-me. Agora me devora.

“Comer com sofreguidão. Consumir como o fogo que devora tudo. Devorar com os olhos, com avidez, paixão…”
 A necessidade de deixar claro tudo que sinto aprisionado dentro de mim foi maior. Não o lado romântico, mas o que acende o romantismo.
Não me contive, fui pesquisar alguns significados de “devorar”. E não existe um que deixe de explicar o que sinto quando os olhos grandes de um ELE especial pousam em meus seios desnudos que se oferecem de ardor.
Vida latina com o fogo aquecido. Desejos. Quero ser a pluma que se esfrega em seu peito, que lhe faz cócegas nas orelhas e depois enlouquece a sua boca.
A boca que na minha faz massagens que nem acredito existirem. Confesso que os pensamentos são uivos. As delicias um presente. Que coisa sentir a paixão na pele, os arrepios com as unhas de seus dedos que deixam marcas na alma. A língua que me molha, umedece e me espanca de prazer.

Não quero ser mulher encanada, nem que os desejos deixem de se mexer na cama. Tenho o  homem certo que me acende, e como a labareda desperta os seus membros sobre mim.
Lembranças que reacendem o nosso sexo...

Me devora com seus dentes afiados e deixe marcas em minha vida. Morda a minha nuca e tatue o seu estilo. Me cubra de tudo que é seu.
Me devore com o apetite do homem maduro. O que aprendeu que sexo é bom sem limites. Eu ofereço a minha liberdade, a da mulher que se entrega e por quem você se ajoelha e beija os pés.

Quero estar como sua para sempre. Poder ter a carne quente que tanto gosta. A pele sedosa que acaricia com as mãos lindas. As que consigo ver cicatrizes. Poucas, mas inesquecíveis.

Homem voraz. O jeitinho doce. Falsas esperanças. Que se pode desejar mais da vida senão ter um amor fatal e orgasmos múltiplos? Já tenho o que preciso e o que falta, encontro em ti.
Me tira do sério. Deturpa e embola meus caminhos. Me faz de gata porque vou acreditar que sou linda.

Sei que é mais fácil ter algo certo do que incerto. O dormir sem graça onde nada de bom acontece. Sexo esporádico e de olhos fechados. Mas estou em outra etapa de minha vida. Podem me achar liberta demais, mas de certo é a ponta de inveja de quem não consegue ser livre e estar em êxtase com a felicidade.
Não quero ser a mulher fantasma na vida de um homem. Quero ser consumida e perceber a saudade de um homem. Momentos. Páginas escritas. Nada mais.

Sou apaixonada por um roteiro. As cenas que vivemos valem mais do que os parágrafos pelos quais choramos. Ninguém é tão correto, nos perdoamos e seguimos em frente.
Não me deixe com a paixão eterna. O encontro dos desencontros que deu certo. Vem de longe e diz que o cansaço vale à pena. O dono do banquete que ofereço com prazer. A dose certa do elixir que tinge a minha vontade súbita de loucura.
Para sempre e por onde for, por favor, esteja aqui - Ao meu lado.


Wednesday 29 September 2010

Sobre confiança.

De uma vez por todas, sinta-se inteira como sendo o amor que você busca nos olhares e espelhos do mundo. Você já é aquilo que espera ouvir de um homem. Você já está na ilha paradisíaca de seus sonhos, abraçada e acariciada com declarações de amor. No momento em que você sente que precisa de amor, a carência inunda seu corpo até o ponto em que você precisará de outro olhar para voltar a ser bela.

Para você também: seu amor nunca será dele para que seja sempre dele. Enquanto você transpirar amor por todo lado, terá o que oferecer e portanto poderá ser totalmente dele. No instante, porém, que você precisar dele para respirar, você não mais conseguirá oferecer e terá de exigir o amor dele.

Você se lembra dos momentos em que mais foi feliz e aberta? Na maioria deles, havia um outro em cena? Sem querer, vinculamos todas essas sensações a uma ou outra pessoa. Se elas deixarem de proporcionar essas sensações, você será obrigada a buscar um outro que resgate todas as alegrias e toda a beleza que você já vivenciou. Um outro homem que você ache que vê beleza em você e movimente tudo aquilo que você desconfia da existência mas não sabe bem como encontrar. E esse homem pode não ser aquele. Aquele outro que você deixou ir embora por seus medos e incertezas idiotas e infantis. Aquele que era perfeito e você só pensava em ser perfeita como ele. E que ele já achava você mais que perfeita. E aí já será tarde demais...

Sinta agora seu corpo, inspire sua beleza, deite-se sobre a certeza de que você já é mulher. Totalmente, inteiramente, deliciosamente mulher. Como a face feminina do amor, ofereça-se ao mundo de corpo e alma. E se ainda quiser causar dor nos homens, produza um outro tipo de dor, if you know what I mean...



Sunday 12 September 2010

Não levem em consideração literal tudo que aqui despejo. São só hormônios e doses de drama extravasados.
Busco nas palavras um conforto pra alma abalada de miscelâneas sentimentais o que soaria tristeza demais sem motivos aparentes para ouvintes leigos. Não sinto, na realidade, com tanto afinco cada citação ou comentário escrito. Soa mais como uma auto-ajuda desnecessária, mas de suma carência momentânea.

Resumindo: é tudo superficial e ao mesmo tempo entranhado demais para que queiram entender. Sou uma Rainha do Drama.

Clara para mim.

Não sei se quero descansar,por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir.
O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se entendesse.

Ando de um lado para outro, dentro de mim. Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.

Paradoxos Lispectorianos.

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

"Fique de vez em quando só, senão será submergido. Até o amor excessivo pode submergir uma pessoa."

Friday 20 August 2010

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura o bastante ainda. Ou nunca serei.



  C.L.

Não sabia.

Sabe o amor?




... ele não começa com era uma vez e nem termina com felizes para sempre. Ele começa com um sorriso e uma lágrima. Ele começa com palavras doces, simpáticas e verdadeiras. Ele começa com um olhar e com uma conversa. Ele começa como uma música, que faz todos entrarem dentro dela e envolve cada vez mais em suas armadilhas. Independentemente das pessoas, dos lugares, e dos tempos, sempre vai ser amor. O amor não é feito de palavrinhas idiotas, o amor é feito de grandes gestos, como aviões levandos faixas sobre estádios, propóstas em telões, ou palavras gigantes escritas no céu. O amor é ir mais além mesmo que doa, deixando tudo pra traz. O amor é encontrar uma coragem dentro de si que nem se sabia que existia.