Tuesday, 20 January 2009

Como se fossêmos apenas um.

Ontem vaguearam estrelas e eu já pensava amanhã. Silêncio de palavras, de vozes, de vazio.
Olhos nos olhos, sem lembrar mágua, nem castigos.
Como um sol sobre a cidade em dia quente.
Movimento e ritmo em cada curva. Mãos espalmadas sem esforçar um só milímetro.. 

Sentidos..
Muitos e aguçados sentidos.

Um toque de lábios melodia silenciosa a percorrer longos acordes. 
Bocas e
risos

Expressão e
momento

Um olhar sobre outro olhar, braços e abraços. Confissões.. mudas confissões..

Uma procura lenta de um demorado encontro. Minuto a minuto, como a luz no seu vagar, deixando ligeiras marcas.

Um sorriso vadio, expiando nada que não fosse tudo. Sempre seguido de um gesto mudo, carícias as vezes rudes...
uma mordida..

A embriaguez de um sonho, quase. Rotas percorridas á frente do campo sem vento.

Novamente as mãos percorrem veredas.

Poética poesia à luz do dia, pleno calor de tarde e sol ardente a emergir de cada viagem, tato, olhar, toque, sentimento.

Alguma mágica divina a transformar miragens no concreto. Gulas e pecados saborosos, como quem esperasse tanto, por muito.

Breves sussurros, trespassados de murmúrios, prazer de ser.

De sentido o mais doce. Depois o mais divino silêncio. Ofegante silêncio, como se fossêmos apenas um...

Eu e você.

2 comments:

Igor Todd said...

Que lindo *_*

Anonymous said...

Realmente interessante.

Vou passar a acompanhar. Não é o tipo de texto que leio geralmente, mas adoro saber que pessoas que eu conheço escrevem bem xD

Beijos